terça-feira, 18 de outubro de 2011

Fóruns Imperiais

Pode-se visitar o Coliseu primeiro e, depois, seguir para o Arco de Constantino, o Fórum Romano e o Monte Paladino, ou vice-versa. Mas não se gasta menos de 3 horas lá. No Monte Paladino ou Palatino (uma das sete colinas de Roma onde foram construídos o Fórum e o Circo Massimo), local do nascimento de Roma e um dos montes mais importantes que circundam a cidade, pode-se ver a Casa de Rômulo de 753 a.C. e a Casa de Augusto, a primeira residência dos imperadores romanos, e o Circo Massimo (ou Circo Máximo). Do cume do Monte Paladino tem-se uma vista soberba do Fórum Romano, das sete colinas de Roma e da “Via Sacra” (Caminho da Cruz) do Fórum Romano, onde Júlio César foi sepultado. E do Fórum, ainda há muito para se ver: o Fórum de Augusto, o Fórum Trajano e a grande obra-prima da arte clássica romana, a Coluna de Trajano. Mesmo que não se leve muito a sério a lenda de Rômulo e Remo, e de que Rômulo tenham fundado Roma ali no Palatino, os arqueólogos encontraram vestígios evidentes de que o assentamento que havia no local foi provavelmente onde Roma nasceu. Nas ruínas da muralha próxima à área do Fórum havia restos de cabanas primitivas do período entre os séculos IX e VII a.C., cabanas essas que teriam sido a casa de Rômulo.

O Circo Massimo foi o lugar onde se realizavam os jogos públicos do Império Romano, principalmente as corridas de quadriga (carro de duas rodas puxado por 4 cavalos emparelhados). Essa pista, que chegou a medir cerca de 600 metros de comprimento, tinha arquibancadas com capacidade para receber até 150.000 espectadores. Os espectadores que não conseguiam assento nas arquibancadas podiam assistir aos jogos dos montes Aventino e Palatino. O nome Palatino deriva de Pale, o deus dos pastores.

Atualmente, o Circo Massimo é um parque para prática de esportes com um grande gramado, tendo sido preservado muito pouco do que foi o grande circo romano: só mesmo a pista de corrida, que foi coberta pela vegetação.



Passear pelo complexo do Fórum Romano nos proporciona ótima noção da grandiosidade do que foi o Império Romano e toda sua imponência. Ainda se podem ver perfeitamente os vestígios do calçamento, dos sistemas de esgoto, dos poços artesianos e de diversos prédios onde havia uma sociedade organizada e urbanizada: o prédio da Cúria Romana e o Senado Romano (ainda bem conservados), que abrangiam a Via Sacra, a rua de pedra que começa no Arco de Sétimo Severo, cruza as ruínas do Templo de Vesta (edifício circular, do século IV d.C; Vesta era a deusa do Fogo), do Templo do Castor e Pólux (uma lenda conta que ambos lutaram na batalha do lago Regilo, em 496 a.C, à frente do exército romano e levaram a notícia da vitória), do Templo de Antonino e Faustina (oferecido pelo Imperador Antonino Pio a sua esposa Faustina, falecida em 141 d. C, mas quando ele morreu, o templo foi dedicado a ambos; no séc. XI foi transformado em igreja, pois pensava-se que São Lourenço havia sido condenado à morte naquele lugar), da Basílica Júlia – um templo pagão construído para reverenciar o imperador Julio Cesar –, do Templo de Rômulo, do Templo de Saturno, e termina no Arco de Tito (mandado construir por ele mesmo).

Particularmente, chamam a atenção o Templo de Saturno e suas 8 colunas (foram as que restaram), edificado em uma plataforma elevada. Teria sido construído no início do século V a. C. e reconstruído várias vezes. As atuais ruínas datam do século IV d.C. No templo, guardavam-se as Tábuas da Lei e os registos dos decretos do Senado. Saturno foi o deus mítico da Itália e governou numa idade de ouro próspera e pacífica, em que não havia escravidão, propriedade privada, crime ou guerra. Como tal, agradava essencialmente ao povo e aos escravos. Todos os anos, entre 17 e 23 de dezembro, o seu reinado era relembrado numa semana de sacrifícios e festas, conhecidas como Saturnais. Enquanto durava a celebração, a ordem social normal era alterada. Os escravos podiam comer e beber com os seus senhores e muitas vezes eram servidos por eles. Senadores e outros homens ilustres entregavam-se a jogos em que as apostas eram pagas com nozes, um dos símbolos da fertilidade.

Enfim, o Fórum Romano era o centro da vida política, judicial, religiosa e comercial da cidade, tendo sido enriquecido nos últimos anos do império com alguns edifícios religiosos, públicos e administrativos. Com o declínio do Império Romano e o advento de Constantinopla, começa o seu declínio.

A Via dei Fori Imperiali é que liga o Coliseu à Piazza (praça) Venezia. Então, por ela, descendo ou subindo, passa-se pelas ruínas dos Fóruns Imperiais, na área do Coliseu.

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