terça-feira, 18 de outubro de 2011

Outras praças

A Piazza della Repubblica (Praça da República) está situada a poucos metros da Estação Termini, em frente às Termas de Diocleciano. Uma das mais importantes vias de Roma, a via Nazionale, tem início ali. Dedicadas ao imperador Diocleciano, em 306, essas termas foram as maiores termas imperiais e mantiveram-se operacionais até 537, quando os Godos (povo bárbaro germânico) destruíram o aqueduto que as alimentava. São semelhantes às Termas de Caracalla, nos arredores da cidade.

Um dos pontos mais agradáveis e românticos de Roma é a Piazza Navona, usada na Roma Imperial para corridas de cavalos, ou inundada para a realização de batalhas navais. Rodeada de prédios históricos e simpáticos bares com mesas nas calçadas, uma boa pedida aqui é sentar num deles, tomar um bom café e admirar a paisagem, sem pressa. Nesta praça ficam as imponentes Fontanas (fontes) de Fiumi, Moro e Nettuno. É nesta praça também que fica a Embaixada do Brasil, sediada desde 1920 no Palácio Pamphili, construído em 1644.

A Piazza di Spagna (Praça de Espanha) é um dos locais mais conhecidos de Roma. O nome da praça se deve ao fato de que, no século XVII, toda a área era propriedade da embaixada espanhola em Roma, ainda hoje repleta de vários terraços-jardins.

No centro, a Fontana della Barcaccia (fonte), construída entre 1627 e 1629 e muitas vezes creditada a Pietro Bernini, pai de um filho mais famoso, Gian Lorenzo Bernini.

No alto, a Igreja Trinità dei Monti (ou Santi Trinità dei Monti), construída em 1495 e com muitas obras de arte. Deve ser uma das mais fotografadas em Roma. Fundada pelo rei Carlos VIII de França, sua edificação teve início em 1502, tendo sido concluída somente em 1587, pelo arquiteto Domenico Fontana.

Um dos mais importantes afrescos da cidade de Roma está no seu interior: a “Deposição da Cruz”, de 1541, por Daniele da Volterra (1509-1566). A influência do mestre do pintor, Michelangelo, está evidente nos corpos musculosos das figuras masculinas.

As escadarias que levam à igreja já são por si só uma atração. Dividida em três seções, uma central e duas laterais, foi edificada entre 1723 e 1726, pelo arquiteto Francesco de Sanctis, às custas do embaixador da França, Etienne Gueffier.

Ainda na praça, fica a Colonna dell 'Immacolata (Coluna da Imaculada), erigida em 1857 para honrar o dogma da Imaculada Conceição de Maria, durante o pontificado de Papa Pio IX, três anos antes.

Perto desta praça fica também outro ponto importante da cidade, a Via Condotti, uma das ruas mais elegantes de Roma, onde estão diversas lojas de griffe, além do mais tradicional dos cafés da cidade, o Caffé Greco.

Seguindo adiante, no início da Via del Corso, está a Piazza del Popolo (Praça do Povo), com duas belas igrejas. Está precisamente à entrada das muralhas de Roma, no norte da cidade antiga, por onde os viajantes chegavam. Ali, está a Porta del Popollo (a antiga Porta Flamínia).

Na parte central da praça, um obelisco trazido do Egito pelo imperador Augusto, que foi dedicado a Ramsés II. Chama-se Obelisco Flamínio e é um dos 13 existentes na cidade, com 24 m de altura (com a cruz, atinge 36,50 m).

A praça ramifica-se em três vias que adentram a cidade: a Via del Babuino, à esquerda, que leva à Piazza di Spagna; à direita, à Via de Ripetta que se comunica com a Piazza Navona e o Panteão; e, ao centro, a rua mais cara da cidade de Roma: Via del Corso, com inúmeras lojas.

Ali estão deslumbrantes templos, como a Igreja Santa Maria del Popolo (1655-1661) e as duas igrejas gêmeas (uma ao lado da outra), que se chamam Santa Maria dei Miracoli e Santa Maria in Montesanto, ambas do século XVII, concluídas pelo arquiteto barroco Gian Lorenzo Bernini.

A igreja Santa Maria del Popolo é um verdadeiro museu, com obras de mestres do início do Renascimento como Pinturicchio e Bramante, do Alto Renascimento como Rafael, e do Barroco como Caravaggio e Bernini. Na Capela Cerasi da igreja, por exemplo, a Crucificação de São Pedro (1601) de Caravaggio é uma das obras que mais se destaca.

E, claro, ninguém pode se dar ao luxo de visitar a cidade sem ir até a Fontana di Trevi (cerca de 26 metros de altura e 20 metros de largura), a maior e mais famosa fonte de Roma, e jogar nela uma moedinha, para assegurar que um dia voltará à cidade eterna. Difícil é conseguir um lugar para fotografar, pois a fonte fica lotada de turistas e, realmente, é belíssima. De dia ou de noite, iluminada, as fotos ficam divinas.

Construída em 1735 pelo arquiteto Salvi, na época do Papa Clemente XII. Aqui era o ponto final de um aqueduto responsável pelo abastecimento da cidade. De acordo com o ritual romano, a forma correta de se jogar uma moeda na Fontana di Trevi é ficar de costas para a fonte, segurar a moeda com a mão direita, e jogá-la para trás, com um movimento sobre o ombro esquerdo. Não se deve olhar para a moeda. A fonte foi restaurada em 1998, as esculturas foram limpas e polidas e a fonte foi provida de bombas para circulação da água e sua oxigenação. Fica próxima à Piazza di Spagna.

Ao redor da fonte existem alguns ótimos restaurantes e cafés. E, a duas quadras, está o belo prédio da Galeria Alberto Sordi, com suas lojas, cafés e restaurantes chiques, aberta diariamente, das 10h às 22h.
A Piazza Colona, com a colossal Coluna de Marco Aurélio, do imperador Marco Aurélio (28 metros), concentra a Roma política. O Palácio Chigi é a sede da Presidência do Conselho de Ministros, e logo a seguir se encontra o Palácio Montecitorio que é a sede da Câmara dos Deputados.

A Coluna de Marco Aurélio é um monumento em Roma erguido entre 176 e 192 para celebrar, talvez depois de sua morte, as vitórias do imperador romano Marco Aurélio (161-180) contra os Germanos e os Sármatas, que ocupavam o norte do curso médio do Danúbio. Foram longas batalhas conhecidas como guerras marcomânicas.

A coluna, com quase 30 m de altura (se a base for considerada, são 40 m), ainda está no mesmo local onde foi erguida. Coberta de alto a baixo por baixo relevo, foi inspirada na Coluna Trajano. A frisa esculpida que contorna em espiral o corpo da coluna, se estirada, alcançaria 110 m de comprimento.

Foi encomendada pelo filho de Marco Aurélio, Cômodo. As cenas esculpidas obedecem a uma ordem cronológica; não se trata, porém, de uma ordem muito segura. Quando inaugurada, tinha no alto a estátua em bronze de Marco Aurélio, destruída na Idade Média.

O imperador aparece em muitas das cenas esculpidas no estilo plebeu ou popular que começava a se afirmar naqueles anos, suplantando o estilo clássico. A escultura foi feita em enormes blocos de mármore de Carrara escavados por dentro para poder formar a espiral em caracol. A escada interna, iluminada por pequeníssimas fendas, tem 203 degraus que levam a um pequeno terraço no topo; o monumento termina em um capitel em estilo dórico.

A Piazza della Minerva (Praça de Minerva), em frente à Igreja de Santa Maria Sopra Minerva, deve o seu nome ao templo dedicado à deusa Minerva (deusa da sabedoria, das artes da guerra e das ciências), que se encontrava no local onde agora está a igreja.

A construção do edifício foi iniciada em 1280 e os trabalhos continuaram até 1453, quando a abóbada gótica foi colocada sobre a nave. Desconhece-se o arquiteto responsável pela obra da igreja e pela fachada simples, renascentista, na qual as marcas das inundações do rio Tibre do século XVI ao século XIX ainda estão presentes.

A igreja sempre pertenceu aos dominicanos e a sede do corpo administrativo central de Roma funcionava no prédio vizinho, à esquerda. Ali, altas autoridades da Inquisição no século XVII abrigaram-se, nos tempos em que Galileu Galilei foi julgado.

Seu maior tesouro é a grande estátua do Cristo Ressuscitado, em mármore, esculpida por Michelangelo de 1519 a 1521. O incomum nessa obra é a combinação de um Cristo com a imagem idealizada de um herói da Antiguidade, pois está de pé, inteiramente nu (o pano sobre os rins é uma adição barroca), sem feridas, numa atitude forte de contraposto, virando a cabeça. Agarra a cruz e os instrumentos de seu martírio nas duas mãos, num gesto que demonstra a natureza voluntária de sua morte na cruz.

Na Piazza del Quirinale, está o Palácio do Quirinal sobre a colina homônima de Roma. É um antigo palácio Papal e atual residência oficial do Presidente da Itália, sendo um dos símbolos do Estado italiano.

E outras mais são belas: Piazzale del Museo Borghese (na Vila Borguese, em uma colina acima da Piazza del Popolo, acessada por uma escadaria; o local tem cafés, parque, teatro, museus e galeria de arte, mas ATENÇÃO: o número de visitantes é limitado, sendo também necessário agendar pela internet: http://www.ticketeria.it), Piazza Farnese, Piazza Barberini, Piazza Bocca dela Verità (Praça Boca da Verdade). Esta última tem uma curiosidade. Situada na histórica zona do Fórum Boário, é visitada, sobretudo, pela famosa ‘Boca da Verdade’, uma curiosa tampa de esgoto do tempo romano, que representa uma cara com a boca aberta. Na Idade Média, os maridos levavam suas esposas até o local, obrigando-as a meterem a mão dentro da "boca" da figura; dizia-se que se a mulher tivesse sido infiel, a boca fecharia com a mão no seu interior. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Visitantes (últimos 7 dias)

Visite Blog RotaCinema

  • Capone - *País*: EUA *Ano*: 2020 *Gênero*: Biografia *Duração*: 101 min *Direção*: Josh Trank *Elenco*: Tom Hardy, Matt Dillon, Linda Cardellini e Kyle MacLachlan. ...
    Há 3 anos

Postagens populares

Tags

Antiga Roma, coliseum, coliseu, coliseo, pontos turísticos, fotos e dicas de Roma, Vatycano, papado, turismo em Roma, viagem independente pela Itália, dicas de viagem, blog simone, viagem barata, Simone Rodrigues Soares.

  © Blogger template On The Road by Ourblogtemplates.com 2009

Back to TOP