terça-feira, 18 de outubro de 2011

Museus

Os Museus Capitolinos, fundados em 1471, são os museus públicos mais antigos do mundo e estão sediados em dois palácios (o Palazzo dei Conservatori e o Palazzo Nuovo), unidos por uma galeria subterrânea e situados na Piazza del Campidoglio (Capitólio), desenhada por Miguel Angelo. Podem ser visitados de terça a domingo, das 9h às 20h.

O Capitólio era o centro do poder religioso e político na Roma antiga. A colina, onde erguia-se também o templo a Júpiter, simbolizava a autoridade de Roma como caput mundi, cabeça do mundo.

Algumas obras de destaque do museu são a cabeça de uma estátua colossal de Constantino, do séc. IV d.C., assim como uma mão e e um pé, também gigantes; estátua do imperador Marco Aurélio, a cavalo, que foi retirada do centro da Piazza del Campidoglio, para melhor conservação; e a Loba (estátua do séc. V a.C.) amamentando Rómulo e Remo (acrescentados no séc. XV).

O Museu Nacional Romano é um dos grandes museus italianos. Abriga seções das coleções nacionais, fundadas depois da Unificação Italiana para consolidar e reunir tesouros dispersos em vários locais. Inicialmente instalado nas antigas Termas de Diocleciano, com sua progressiva expansão, e com a necessidade urgente de restauro das Termas, o acervo foi dividido e espalhado em várias sedes: as Termas de Diocleciano, o Palazzo Massimo, o Palazzo Altemps e a Cripta Balbi.

As Termas de Diocleciano é a sede histórica do Museu Nacional. Construída entre 298 e 306 d.C., foi a maior casa de banhos da antiga Roma. Possuía uma aula central de forma basilical, uma piscina e diversos outros espaços com usos variados.

Depois da decadência romana o edifício passou a ser usado para outros propósitos. No século XVI, Pio IV confiou a Michelangelo o projeto de criação de uma basílica com convento no local, e atualmente parte do complexo ainda é a Basílica de Santa Maria degli Angeli. Em 1889 a parte não ocupada pela igreja foi adaptada para acolher a coleção do recém-fundado Museu Nacional, com um acervo de peças da antiguidade romana, incorporando diversas coleções arqueológicas já existentes e objetos provenientes de novas escavações.

No claustro projetado por Michelangelo hoje são expostas cerca de 400 obras de escultura de todos os tipos (estatuária, elementos de arquitetura, sarcófagos, lápides e altares). Nas salas I a IX são mostrados itens de arte fúnebre, como sarcófagos, e material proveniente do sítio arqueológico das Termas, e as salas X a XII são dedicadas a exposições temporárias.

O museu possui também a Seção Proto-histórica, com peças dos povos latinos anteriores a Roma e das civilizações posteriores que ocuparam o Lácio nas idades do Bronze e do Ferro, e a Seção Epigráfica, que ilustra o nascimento e evolução da língua latina com peças portadoras de inscrições, como insígnias, placas e outros objetos similares.

O Palazzo Massimo foi construído entre 1883 e 1887 por Camillo Pistrucci em estilo neorenascentista para o Cardeal-Príncipe Massimiliano Massimo, que ali desejava sediar um colégio jesuíta. Durante a Segunda Guerra Mundial foi transformado em hospital militar, tratando mais de 30 mil feridos de guerra. Depois voltou à posse dos jesuítas, que logo o abandonaram. Comprado pelo governo italiano em 1981, foi restaurado e adaptado para sediar parte do Museu Nacional, instalada em 1998, abrigando arte da antiga Roma nas modalidades de escultura, pintura, numismática e joalheria.

A seção de numismática é a melhor do mundo em seu gênero, e foi formada com a reunião de várias coleções privadas e com achados de escavações em Roma e nas regiões vizinhas, ilustrando a história da moeda romana desde suas origens até a atualidade.

Na parte de joalheria são apresentadas peças descobertas em antigas tumbas romanas, que formam um significativo panorama da evolução da moda e dos costumes no Império Romano.

O Palazzo Altemps foi construído a partir de 1475 por ordem do Conde Girolamo Riario, para celebrar suas núpcias com Caterina Sforza, filha de Gian Galeazzo, Duque de Milão.

Adquirido em 1568 pelo Cardeal Marco Sittico Altemps, o prédio passou por reformas que duraram três décadas, supervisionadas por arquitetos como Martino Longhi, Francesco da Volterra e Giacomo della Porta. O interior recebeu rica decoração em afrescos, e logo o palácio foi sendo repleto com a extensa coleção de arte do Cardeal.

Em 1887 o imóvel foi comprado pela Santa Sé e passou a funcionar como sede do Colégio Seminário Espanhol, que realizou novas reformas no interior. Na década de 1980, já em condições precárias, foi adquirido pelo Estado Italiano, que o fez restaurar para abrigar a seção do Museu Nacional chamada História do Colecionismo, sendo aberto ao público em 1997.

A coleção compreende rica estatuária romana e grega, peças renascentistas e barrocas, além de frisos, afrescos, relevos, mosaicos, bronzes e uma série de outros itens de várias proveniências e épocas, testemunhando os gostos de grandes colecionadores dos séculos XVI a XVIII.

E a Cripta Balbi, que originalmente era um grande pátio com pórtico, anexo ao teatro que Lucio Cornelio Balbo ergueu entre 19 a.C. e 13 a.C.. O museu foi instalado na parte do complexo que data da Idade Média, e sua coleção se divide em duas seções: Arqueologia, e História Urbana de Roma desde a Antiguidade até a Idade Média. 

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